a million parachutes

for us

30 janeiro 2003

:: falar

e se eu te dissesse somente o que se passa na minha cabeça? ando preocupado com contas, trabalhos e pouco entreterimento. tentei em vão assinar a tv paga e os cinemas andam muito caros. fico um pouco entediado em ficar na internet embora saiba que daqui a pouco cortarão meu telefone. poderia telefonar para alguns amigos com que não falo faz um tempo, mas por que deveria eu ligar se eles são amigos quanto eu? você provavelmente tem uma resposta certa para isso e mesmo que não seja tão certa, será inclinada para o correto, porque você é correta com o seu próprio modo de pensar. evita a traição ou a incoerência apesar de ter tanto medo, tanto pavor pelas coisas que conhece pouco. ou conhece muito mas nunca consegue se acostumar direito. como se convencer de que os sentimentos não são meros pacotes que se carrega nas costas para lembrar de ser sempre sincero a eles? eu não sei bem. ainda penso que poderíamos gastar mais tempo juntos mesmo que eu não consiga entretê-la de um modo eficaz e satisfatório. morro de pavor do meu próprio tédio. e me invento sempre para que não corra o risco de me desatar. sei que por enquanto os teus dias andam serenos. ainda tentando responder a todos os emails, apelos, listas ou discussão. me prometeram responder muitos dos cartões de aniversário que enviei, mas tristemente são poucas ou ralas respostas. provavelmente devem ser assim as respostas de cartões de aniversários. talvez um modo mais educado e contido de agradecer, porque o alarde só mostraria algum desespero de ver esvaindo os anos. sim, ainda tenho algumas horas de cortarem o meu telefone. gasto em telefonemas para saber qual o ddd mais para barato ao invés de ligar para ti. é uma tentativa do prático num atitude de covarde. se eu te dissesse somente o que se passa na minha cabeça na teoria talvez entederia muito pouco esse rio de sensações e sentimentos e algumas idéias. você se importa? eu, um pouco. tenho tentando em vão entender o que acontece no mundo, com ameaças de guerras, novos líderes, velhos problemas e novos relacionamentos. quero ter a simplicidade de me abandonar. na minha cabeça, as preocupações com teoremas e paradigmas me confundem o que é ou não possível. é preciso... pi.pi.pi...


29 janeiro 2003

:: razões para se apaixonar pela tereza

a versão 1.0 do site está no ar. logo mais farei um pdf para que possa imprimir como publicação. espero que gostem.

http://www.tereza.8k.com

28 janeiro 2003

querida muito,

escreva. cabeçalho para me localizar nesse tempo e espaço perdidos. código de enderaçamento postal. lápis de cor. artefato manufatura feito de próprio punho. papel. cds que anda ouvindo, músicas pro coração. saudade? sim, um monte de. alegria? de vez em quando. alguns pensamentos sobre possibilidades de competências. vai-se entendiando. ah, entendia-se mto nessa vida! escreva que passa um pouco...

um pouco no entanto.

26 janeiro 2003

:: poema de aniversário para renata menezes

feliz aniversário, muitas felicidades, muitos anos de vida.
hoje é seu dia e muitos outros há de ser. como há de ser sempre.
amanhã é recontagem para o próximo, mas hoje não tem conta,
não tem véspera ou quantos dias mais para receber novos anos.
hoje é seu dia de ser lembrada, estrela em spot de luz laranja.
edifique o discurso, chore, chore muito.

todos os seus amigos,
os bons amigos brincarão sobre a velhice através de cartas,
cartão e telefone,
mesmo que a presença não seja plena
e o esquecimento sobre a velhice
também caia sobre eles também.

e sei que não acredita muito em mim,
nem precisa acreditar,
não precisa dizer o que não há para dizer.
o tempo vive nos afastando,
e a gente sempre tentando enganá-lo.
e ignorando quanto ardil nos faz esperar.

quero envelhecer contigo.
feliz, feliz aniversário. é tempo de esquecer,
para lembrar sempre.

21 janeiro 2003



:: away ::

tereza ruiz (5:38 AM) : encontrei uma amiga de início de adolescencia agora...ela tá indo pra inglaterra...
tereza ruiz (5:39 AM) : se sei na vida, é sentir saudade
:: baladas

ficar ouvindo coldplay o dia inteiro realmente não é uma boa. principalmente quando não se tem ninguém para cantar essas coisas de amor. acho melhor eu rever minha discoteca e encontrar alguma coisa mais progressiva ou cheia de rancor. coldplay embriaga demais.

talvez fosse melhor deixar de ouvir tanta música, ler tantos livros e poemas e romances, ver tantas sitcons e novelas e pgms de música, de ver filmes e comerciais de banco.

uma amiga me recomendou a seguinte brincadeira: desminta todas as letras românticas! e talvez seja divertido difamar as letras do coldplay. começarei por yellow que já começa pela idiota idéia de ter um nome de música com nome de cor.

e se for outra cor do amor?
:: limite

teve a impressão de o quão distante é a realidade dos sonhos? pense no que gostaria de que fosse; agora pense no estado que está agora. consegue perceber o pricipício de tudo isso? sei que tudo muda e que pode mudar num segundo, provando que mesmo que seja profundo, o outro lado pode estar a uma esquina. o limite é um concenso do que posso e do que quero.

19 janeiro 2003

:: tuas mãos

entre os seus dedos, vou costurando alguns mares e cortando maremotos. me perdendo, na estrutura de tuas falanges feias, pele que recobre os ossos. o pulso se quebra para trás e acena um adeus. as palmas claras pedindo que chegue mais perto, mais perto, muito mais talvez.

quero que seu antebraço pare de proteger os teus segredos. que tuas mãos parem de esconder o sorriso. que deixe os dedos segurarem o lápis para desenhar, escrever o que suas mãos não costumam pedir.

se tocar minha mão, é como se recusasse.

em breve | comming soon
:: falta

sinto falta de coisas que não acontecem. de amizades que corram o risco de desatar. de esperanças perdidas, difíceis por excelência. de luzes acesas em vésperas de encontros.

sinto falta de desencontros sutis o bastante para que sugiram reencontros mais emocionantes. passeios públicos nas ruas, passos sincronizados e velocidades desiguais. daquele céu nublado que nos torna cumplice pelo medo da chuva e talvez mais cumplices pelo desejo inibido de nos molhar.

de correr para chegar a lugar nenhum e saciar a vontade de estar em outros estados que não esse em que me encontro. pintar paredes para que deixem de ser paredes. enganar placas de sinalização.

que me veja mais; que te veja menos.

14 janeiro 2003




amorosa companhia pneumática

13 janeiro 2003

:: eleanor rigby

"all the lonely people,
where do they all come from?
all the lonely people,
where do they all belong?"


(lennon/maccartney)




por andré pires

12 janeiro 2003

:: memória

vai falhando, vai-se perdendo, depois são nomes, números e endereços. depois não me lembro.

11 janeiro 2003



blog.video #01
(é preciso ter o real player)

07 janeiro 2003



05 janeiro 2003

:: algumas canções

algumas canções parecem conter um desespero peculiar como se o mote de todas as canções fosse apenas esse desespero. e algumas cantoras dão a esse leve ponto uma profundidade abismal. como se tudo dependesse do tom correto para representá-lo. como se a possibilidade de felicidades estivesse em dimensionar esse ponto ao extremo para enfim destruí-lo no final dos últimos acordes.

uma amiga me disse: "mas todas no final querem só dizer eu te amo". e talvez seja só isso mesmo.

:: fragmentos #01

"amo o que te falta,
amo o que te sobra"
era só isso que eu queria dizer.

03 janeiro 2003

:: dias

hoje fez sol.
um sol sereno de temperaturas médias.
depois choveu um pouco.
uma chuva de céu claro e tranqüilo.
a seguir, o sol se foi.
e meu relato termina sem que saiba bem se o fim de semana é para quem ama.

:: geografia e estrelas

a linha de teu nariz, conjunção de teus olhos e olheiras. as sombrancelhas que esperam e o cabelo que cai. algumas planicies saturadas em cor até o teu sorriso. o teu sorriso que está a revelia, terra-média. longe e quase só. estica o canto da boca até próximo das orelhas e ouvirá elogios. esses lugares que parecem bases de lançamento de foguetes, porque estão todas próximas às estrelas.


01 janeiro 2003

:: teus olhos

penso que deve haver muita esperança por aí,

senão por que insistiríamos em escrever histórias infantis? lavar pratos, marcar encontros, produzir roteiros e conhecer novos amigos? por que o bom humor, as canções, o estoque de chocolate, a alternativa de um dia andar na chuva? por que explicar letras de música, ilustrar monólogos, acreditar nas superbaladas? por que o discurso sobre os novos amores, por que o desafio ao medo, a reconciliação com pessoas queridas, planejamento de viagens, mudanças de móveis e letras e acentos? por que guardar coisinhas como bilhetes, cartas, objetos semi-inuteis, memórias, enfim? por que desafiar as correntes, ler e reler e querer ler novamente, aprender softwares, novos estilos e crenças e designs? por que procurar figuras no google, mandar longos emails, manter-se moral? por que esperar pela noite? por que esperar pelo dia?

sim, penso que deve haver muita esperança por aí.
e nos teus olhos, muito mais.