a million parachutes

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22 janeiro 2004

:: a cidade de guarda-chuvas

por um momento, tomando o elevador panorâmico, pensei que estava sonhando ao ver lá embaixo um monte de guarda-chuvas se movendo expremidos. iam tomar cafés, pegar metrô, táxis. iam comprar livros ou namorar. era uma cidade de guarda-chuvas, ruidosa com seus abre e fecha. a chuva que caía era oxigênio e o chão molhado era uma nova cor do concreto. no horizonte, vinha um céu de vanilla que anunciava o fim dos dias da civilização do guarda-chuva. mas como bom abrigadores e convivas, eles voltariam.