a million parachutes

for us

25 dezembro 2003

:: crônica sobre um reencontro

o tempo passa para todos, até para os que resistem às mudanças. eu já me deixei levar, pelo menos quanto a nossa turma. não me deu muita nostalgia vê-los o que é bom. pude aproveitar melhor cada sabor das novas histórias. pensei um pouco em como éramos, mas me diverti mais imaginando o que seríamos e o que podemos ser. antigamente eu ficava preocupado em falar as minhas coisas para vocês, hoje não me importo tanto. sei que poucos podem causar uma interferência seminal na minha vida ordinária. eu mesmo acho que as minhas falas nem são tão presentes. somos como páginas prestes a serem viradas para continuar em outras. escrevemos pouco.

sei que sou muito tosco em demostrar os meus sentimentos. faço poucos carinhos, digo menos ainda. senti-me bem estando ao lado de vocês. é uma confiança rara hoje em dia. acredito em segredos e mistérios. não quero saber tudo, quero ir sabendo aos poucos concomitante a vida passando. notícias aqui, outras acolá. de tempos em tempos, quase meses e se fomos descuidados, anos.

mas sei que estarei prontamente preparado em deixar os meus afazeres em socorro. se precisar, estarei por perto. invisível, mas tentando chegar a tempo. pode ser que não consiga, mas tentarei. é uma honra bem servi-los, não digo alienadamente. faço amorosamente.

não espero por outro reencontro desses. tive essa impressão de coisa rara. por isso dou importância. não é o caso de não me esforçar por outros encontros. mas estaremos mudados novamente e ninguém pode me assegurar que será bom. só sei o que sinto hoje por todos. é um feito bom num ano mediano. não me fazem falta, mas sinto saudades.