a million parachutes

for us

12 agosto 2005

:: só a bailarina que não tem

quando encontrei mariana zanotto em leme, ela me pareceu muito próxima do que três anos de correspondências havia me dado a imaginar: uma menina delicada, com movimentos definidos e um olhar muito próprio para ver o mundo. fiquei um pouco constrangido por ela me dizer que sou inteligente porque ela mesma desistira de estudar. escolheu o ballet (ou o ballet a escolheu?).

a mesa em que almocei com ela e seus pais me fora muito acolhedora e enquanto via fotos das muitas viagens que fez pelo mundo com sua companhia de ballet fui descobrindo uma mariana que pouco se revelava nas estruturas das palavras.havia em seus gestos, olhar e voz algo de pessoa vivida, madura. uma harmonia de pessoa experiente e sabia que alternava com a delicadeza de menina.

despedi-me dela e peguei o ônibus para são paulo. durante a viagem senti um certo orgulho de tê-la conhecido. e fiquei pensando se algum dia terei essa maturidade serena e um sorriso que representasse essa felicidade tão bem quanto o dela.