:: ao som de cartola
gostava quando gostavas de mim. e falávamos de compromissos de liberdade. confudiamos nossas dores porque acreditávamos que era uma forma de alivio. é a água do feijão. é mais bolo para uma massa muito doce. gastávamos um tempo que não tínhamos e por isso não nos aborrecíamos, ao contrário, orgulhavamo-nos por pequenas ousadias. você inventava os nomes; eu, os gestos. e encenávamos o que a vida podia ser. e ela podia tanta coisa, quando gostavas de mim.
agora nos importuna essa ligação de além gostar. passamos dias preocupados, fazendo preces em forma de pensamento ou música. ouvimos música porque sentimos falta. ouvimos música tentando concretizar e quantificar o que nos exaspera por dentro. a cada página de livro lido, a cada caminhada pela cidade, fotos digitais, línguas engraçadas, disco novo, a cada momento que corre vida nesta vida pétrea nos importuna essa ligação de além gostar.
gostava quando gostavas de mim. coisa dificil essa do amor. silenciamos pela sinfônia do sublime que não vem ou que não reconhecemos caso já tenha vindo. agora que nos amamos não sei o que gosto ou não.
não sei se gosto de amar, mas amo.
gostava quando gostavas de mim. e falávamos de compromissos de liberdade. confudiamos nossas dores porque acreditávamos que era uma forma de alivio. é a água do feijão. é mais bolo para uma massa muito doce. gastávamos um tempo que não tínhamos e por isso não nos aborrecíamos, ao contrário, orgulhavamo-nos por pequenas ousadias. você inventava os nomes; eu, os gestos. e encenávamos o que a vida podia ser. e ela podia tanta coisa, quando gostavas de mim.
agora nos importuna essa ligação de além gostar. passamos dias preocupados, fazendo preces em forma de pensamento ou música. ouvimos música porque sentimos falta. ouvimos música tentando concretizar e quantificar o que nos exaspera por dentro. a cada página de livro lido, a cada caminhada pela cidade, fotos digitais, línguas engraçadas, disco novo, a cada momento que corre vida nesta vida pétrea nos importuna essa ligação de além gostar.
gostava quando gostavas de mim. coisa dificil essa do amor. silenciamos pela sinfônia do sublime que não vem ou que não reconhecemos caso já tenha vindo. agora que nos amamos não sei o que gosto ou não.
não sei se gosto de amar, mas amo.
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