:: o jardim secreto
existe um jardim com flores azuis, vermelhas, amarelas, malhadas de mtas. o sol lhe é mto gentil e a chuva, amena. se ficar em silêncio, poderá ouvir o coração que bate. e se prestar atenção, ter calma, poderá distinguir o que é movido pelo vento e o que não é.
existe uma porta que te olha de soslaio. a principio pede: não se aproxime. mas se você ver de perto, é marca de lâminas de outros. o jardim ressente, mas se você souber que muros e grades de nada adiantam, poderá girar a leve e macia tranca e entrar.
por favor, limpe os seus pés do mundo.
e o jardim vai te dizer coisas sobre outras pessoas que lá estiveram. pessoas que já se foram e o esqueceram. pessoas que o perderam num momento de desvario. pessoas que o amam, mas que se calam. pessoas que plantam uma semente diferente cada dia, esperando que crie pernas e que não seja só pisado por elas.
há bancos para se sentar e falar sobre amenidades. o jardim teme o repetitivo, mas o ciclo da vida nunca se repete igual. diga ao jadim: somos todos os dias reiventados! e traga flores diferentes que ele agradecerá.
existe um jardim secreto, quase invisível. os olhos tímidos pedem muito pouco. a feiura dos calos, a região entre o nariz e olhos, os ombros largos. o dia já vai tarde e ele se aborrece. os pássaros construiram seus ninhos, deu tempo. o pequeno lago, pequeno espelho deformado, avisa que a lua já é alta. e todos estão serenos. o jardim triste nessa pequena solidão da noite mal sabe que velam, também secretamente os seus sentimentos que são metáforas das flores.
existem um jardim para onde as horas chegam diferente. um jardim secreto que é sonhado e mtas vezes vocativo. se tiver humor, de manhã, fique em silêncio.
quando ouvir um sussurro feito voz e feito vento, diga apenas: obrigado por existir.
existe um jardim com flores azuis, vermelhas, amarelas, malhadas de mtas. o sol lhe é mto gentil e a chuva, amena. se ficar em silêncio, poderá ouvir o coração que bate. e se prestar atenção, ter calma, poderá distinguir o que é movido pelo vento e o que não é.
existe uma porta que te olha de soslaio. a principio pede: não se aproxime. mas se você ver de perto, é marca de lâminas de outros. o jardim ressente, mas se você souber que muros e grades de nada adiantam, poderá girar a leve e macia tranca e entrar.
por favor, limpe os seus pés do mundo.
e o jardim vai te dizer coisas sobre outras pessoas que lá estiveram. pessoas que já se foram e o esqueceram. pessoas que o perderam num momento de desvario. pessoas que o amam, mas que se calam. pessoas que plantam uma semente diferente cada dia, esperando que crie pernas e que não seja só pisado por elas.
há bancos para se sentar e falar sobre amenidades. o jardim teme o repetitivo, mas o ciclo da vida nunca se repete igual. diga ao jadim: somos todos os dias reiventados! e traga flores diferentes que ele agradecerá.
existe um jardim secreto, quase invisível. os olhos tímidos pedem muito pouco. a feiura dos calos, a região entre o nariz e olhos, os ombros largos. o dia já vai tarde e ele se aborrece. os pássaros construiram seus ninhos, deu tempo. o pequeno lago, pequeno espelho deformado, avisa que a lua já é alta. e todos estão serenos. o jardim triste nessa pequena solidão da noite mal sabe que velam, também secretamente os seus sentimentos que são metáforas das flores.
existem um jardim para onde as horas chegam diferente. um jardim secreto que é sonhado e mtas vezes vocativo. se tiver humor, de manhã, fique em silêncio.
quando ouvir um sussurro feito voz e feito vento, diga apenas: obrigado por existir.
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