a million parachutes

for us

06 abril 2005

:: balão

lembro-me de um dia em que eu estava escrevendo alguns versos no ônibus enquanto voltava para casa, quando vi pela janela um balão se incendiando todo. era um ponto torto que por algum momento produziu sua própria luz enquanto caía tão agudo e vertical.

fiquei prestando atenção naquilo, olhando em volta para ver se alguém sabia o que se passava, se conheciam quem o lançava ao céu, se se orientavam pelo vento, se reconheceriam quem o havia feito. até que o balão acabou-se. nem chegou ao chão. queimou-se e apagou com orgulho de poucos: de não ter terra que lhe prendesse.