# losangofones #03
nem sou tão jovem assim. aliás até me aborreço com as adolescências. tem todo aquele jeito revoltadinho, mas escorrega no piano quando aperta. prefiro muito mais admitir que sou infantil a crer com eloquência o fato de que sou adulto. ok, pago as minhas contas, com dificuldade, mas pago. e dizem que isso me faz um adulto. quando saí da casa dela, lembrei que tinha que pagar a última parcela do meu mp3 player. pensei em deixar para depois, alguma multinha e belê. me perguntem se fui direto para o trabalho?
nessa hora de medo dos juros etc que a gente vê que é um porra de um adulto.
cheguei alguns minutos atrasados no escritório. o chefe, um sujeito gente boa, olhou um pouco feio. mas estava tão atolado de trampo que desencanou, afinal, eu sabia fazer contas e panilhas e adiantava a minha parte sempre que podia. o cara sacou a minha produtividade e liberou que eu saísse mais cedo. um amigo meu me disse que não deveria fazer isso, porque o cara poderia inventar qulaquer outro trampo a mais. mas é muito sussa. o tempo que me sobra vou para o centro.
e nessa hora vejo que sou uma porra de uma criança. torro boa parte da grana em cd´s esquisitos.
só que naquele dia eu não estava com a costumeira ansiedade de encontrar algo interessante e desconhecido. vi até uma versão japonesa do revolver dos beatles muito barata. mas o estranho é que eu estava procurando algo diferente, algo que atendesse a um outra vontade. saquei que estava pensando nela. porque eu parava um tempo maior nos cd´s que ela tocou. nisso me ocorreu que tudo que eu pudesse comprar ela poderia já ter. comecei a ficar nervoso... pensei em bisbilhotar de novo a discoteca dela para ver o que ela tem de menos. mas e se ela tiver de menos porque nem gosta tanto assim? cheguei a conclusão de que era tudo muito novo e que não precisava me encanar tanto.
comprei uns cd´s virgens e resolvi gravar o meu playlist. talvez uns pavements, talvez uns the thrills. talvez ela goste de uns coldplays toscos gravados pela galera em shows... caracas, não conseguia escolher. coloquei o mp3 player e estava tocando creedence e tive o nome da minha coletânea: commotion.
nem sou tão jovem assim. aliás até me aborreço com as adolescências. tem todo aquele jeito revoltadinho, mas escorrega no piano quando aperta. prefiro muito mais admitir que sou infantil a crer com eloquência o fato de que sou adulto. ok, pago as minhas contas, com dificuldade, mas pago. e dizem que isso me faz um adulto. quando saí da casa dela, lembrei que tinha que pagar a última parcela do meu mp3 player. pensei em deixar para depois, alguma multinha e belê. me perguntem se fui direto para o trabalho?
nessa hora de medo dos juros etc que a gente vê que é um porra de um adulto.
cheguei alguns minutos atrasados no escritório. o chefe, um sujeito gente boa, olhou um pouco feio. mas estava tão atolado de trampo que desencanou, afinal, eu sabia fazer contas e panilhas e adiantava a minha parte sempre que podia. o cara sacou a minha produtividade e liberou que eu saísse mais cedo. um amigo meu me disse que não deveria fazer isso, porque o cara poderia inventar qulaquer outro trampo a mais. mas é muito sussa. o tempo que me sobra vou para o centro.
e nessa hora vejo que sou uma porra de uma criança. torro boa parte da grana em cd´s esquisitos.
só que naquele dia eu não estava com a costumeira ansiedade de encontrar algo interessante e desconhecido. vi até uma versão japonesa do revolver dos beatles muito barata. mas o estranho é que eu estava procurando algo diferente, algo que atendesse a um outra vontade. saquei que estava pensando nela. porque eu parava um tempo maior nos cd´s que ela tocou. nisso me ocorreu que tudo que eu pudesse comprar ela poderia já ter. comecei a ficar nervoso... pensei em bisbilhotar de novo a discoteca dela para ver o que ela tem de menos. mas e se ela tiver de menos porque nem gosta tanto assim? cheguei a conclusão de que era tudo muito novo e que não precisava me encanar tanto.
comprei uns cd´s virgens e resolvi gravar o meu playlist. talvez uns pavements, talvez uns the thrills. talvez ela goste de uns coldplays toscos gravados pela galera em shows... caracas, não conseguia escolher. coloquei o mp3 player e estava tocando creedence e tive o nome da minha coletânea: commotion.
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