a million parachutes

for us

24 maio 2004

:: visitas noturnas

sempre deixo a janela aberta, mas as cortinas semicerradas. deixo tocando um som baixinho como que querendo pegar no sono, mas são músicas de amanhã. sobre a escrivaninha, há papéis com jeito de anotações, mas todos estão em branco como se esperassem as palavras de um certo alguém. no mural de fotos, há um espaço estrategicamente vazio que as pessoas juram que foi descuido.

quando durmo, ela atravessa a cortina, desliga o som, anota qualquer recado nos papéis, e pendura um lindo desenho de paisagem naquele espaço.

mas hoje não.
hoje a lua não veio me visitar.