a million parachutes

for us

19 maio 2004

:: sobre sonhos

gosto quando me conta seus sonhos. sem querer, você tensiona a membrana do onírico e me faz um som. e de som para nota me transmuto melodia.

seus sonhos que são desejos. sua vontade de ser uma pessoa melhor. e você me conta para dá-los concretude; para que se convença da parcela possível, quinhão variável do sonho. e me conta porque sonho eu também em ser bom engenheiro dos sonhos, de idéias. para que se concretizem mesmo que em esfera tão abstraída.

mas também gosto de ouvir seus sonhos vindos do medo, do tremor e solidão e que chamam de pesadelos. faz o coração mais leve e menos ditador. você me conta porque também tenho habilidades destruidoras e dissipativas quando digo:

-- foi só um sonho.