:: big fish
fazia tempo que um filme não me tocava tanto. chorei do principio ao fim. talvez a febre tenha alterado um pouco minha percepção e criticidade, mas quer saber: foda-se.
na "invenção do cotidiano" de certeau há uma passagem em que é discutido como o mundo ordinário é narrativo e não descritivo científico. talvez essa seja a forma em que resistimos àlgumas perfidias da nossa ingaia ciência.
adoro ouvir histórias. quando digo "oi" muitas vezes quero dizer "o que fez hoje?". acredito que na falsidade da história há uma sinceridade muito mais interessante que a verdade em si. takvez seja a questão de enganar-se. tenho medo de estar errado, mas mesmo assim arrisco.
há uma cena em que o filho do contador de histórias diz que não conhece o pai porque este não sabe diferenciar o real do irreal. sempre tive a impressão de que havia mais a se descobrir nas histórias do que num questionário para tirar a carteira de identidade.
eu conversava isso com algumas pessoas e principalmente com a ana. não é porque você nunca viu que não possa existir. a casa invisível existe em histórias que contamos uns aos outros. e a cada história ela vai tendo mais vida, mais significados e menos medo.
não tenho medo de dizer que é uma dos melhores fiz que já vi na minha vida. não porque tem uma fotografia foda ou um roteiro interessante. mas porque assisti num momento em que precisava conversar e assim como todos os filmes da minha vida me disseram algo, big fish disse para mim: não há mal em inventar se você faz de coração. por isso retomo essa grande mentira que é esse blog.
e agora, tentando encontrar na minha memória, não conheço matéria-prima mais vital para se ter esperança do que histórias.
fazia tempo que um filme não me tocava tanto. chorei do principio ao fim. talvez a febre tenha alterado um pouco minha percepção e criticidade, mas quer saber: foda-se.
na "invenção do cotidiano" de certeau há uma passagem em que é discutido como o mundo ordinário é narrativo e não descritivo científico. talvez essa seja a forma em que resistimos àlgumas perfidias da nossa ingaia ciência.
adoro ouvir histórias. quando digo "oi" muitas vezes quero dizer "o que fez hoje?". acredito que na falsidade da história há uma sinceridade muito mais interessante que a verdade em si. takvez seja a questão de enganar-se. tenho medo de estar errado, mas mesmo assim arrisco.
há uma cena em que o filho do contador de histórias diz que não conhece o pai porque este não sabe diferenciar o real do irreal. sempre tive a impressão de que havia mais a se descobrir nas histórias do que num questionário para tirar a carteira de identidade.
eu conversava isso com algumas pessoas e principalmente com a ana. não é porque você nunca viu que não possa existir. a casa invisível existe em histórias que contamos uns aos outros. e a cada história ela vai tendo mais vida, mais significados e menos medo.
não tenho medo de dizer que é uma dos melhores fiz que já vi na minha vida. não porque tem uma fotografia foda ou um roteiro interessante. mas porque assisti num momento em que precisava conversar e assim como todos os filmes da minha vida me disseram algo, big fish disse para mim: não há mal em inventar se você faz de coração. por isso retomo essa grande mentira que é esse blog.
e agora, tentando encontrar na minha memória, não conheço matéria-prima mais vital para se ter esperança do que histórias.
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