:: punch drunk love
assisti ao filme do paul thomas anderson hoje. havia baixado pelo kazaa há uns 4 meses, mas nunca tive um momento tranquilo para assistir. lembro-me da primeira cena em que sandler está falando ao telefone, não conseguia entender direito pelo meu inglês ruim. acabei desistindo.
gosto muito desse título "punch drunk love", confesso que ignoro o brasileiro "embriagado de amor" por que prefiro o inglês. parece nome de canção e gosto dessa idéia.
o filme me fez pensar que o amor é realmente algo insano e que fazemos coisas insanas por ele. às vezes, nem são grandes coisas, mas é insano lembrar de alguém por causa de uma palavra dita de determinada maneira, pegar o ônibus de itinerário mais longo só para passar perto da casa de determinada pessoa, escrever distraído com o dedo besteiras amorosas na coxa, imaginando como soaria falado, pensar como economizar o dinheiro diário para sobrar o tanto para aquele pequeno exagero, aquela exuberância com que a pessoa sorrirá, programar o futuro em função dela, esquecer o passado em função dela.
e apesar da amor ter um lugar privilegiado na nossa sociedade - ou pelo menos sua idéia - não consigo pensar em algo mais subversivo também. há algo de redentor no amor e embora isso possa parecer muito cristão e retrógrado, sempre me soa como revolucionário, apesar de tantos filmes, canções, tratados filosóficos, receitas culinárias, programas televisivos, páginas de internet, cd´s gravados e cartas. talvez fosse muito mais fácil não amar, mas resistimos, somos tolos. e ficamos nervosos com isso, às vezes.
não vou falar muito das coisas técnicas do filme, apesar deles terem contribuido para a boa impressão que tenho. o filme começa muito silencioso e a câmera é parada. não chegamos perto do protagonista. aos poucos percebemos suas insanidades de pessoa solitária e a medida que nos aproximamos de sua histórias a música surge (como surge também na nossa cabeça nos momentos mais insanos), a câmera se move mais, acompanha a agitação do homem. agora ele comete insanidades de pessoa que não está tão só.
e não há bebida que justifique tanta insanidade.
assisti ao filme do paul thomas anderson hoje. havia baixado pelo kazaa há uns 4 meses, mas nunca tive um momento tranquilo para assistir. lembro-me da primeira cena em que sandler está falando ao telefone, não conseguia entender direito pelo meu inglês ruim. acabei desistindo.
gosto muito desse título "punch drunk love", confesso que ignoro o brasileiro "embriagado de amor" por que prefiro o inglês. parece nome de canção e gosto dessa idéia.
o filme me fez pensar que o amor é realmente algo insano e que fazemos coisas insanas por ele. às vezes, nem são grandes coisas, mas é insano lembrar de alguém por causa de uma palavra dita de determinada maneira, pegar o ônibus de itinerário mais longo só para passar perto da casa de determinada pessoa, escrever distraído com o dedo besteiras amorosas na coxa, imaginando como soaria falado, pensar como economizar o dinheiro diário para sobrar o tanto para aquele pequeno exagero, aquela exuberância com que a pessoa sorrirá, programar o futuro em função dela, esquecer o passado em função dela.
e apesar da amor ter um lugar privilegiado na nossa sociedade - ou pelo menos sua idéia - não consigo pensar em algo mais subversivo também. há algo de redentor no amor e embora isso possa parecer muito cristão e retrógrado, sempre me soa como revolucionário, apesar de tantos filmes, canções, tratados filosóficos, receitas culinárias, programas televisivos, páginas de internet, cd´s gravados e cartas. talvez fosse muito mais fácil não amar, mas resistimos, somos tolos. e ficamos nervosos com isso, às vezes.
não vou falar muito das coisas técnicas do filme, apesar deles terem contribuido para a boa impressão que tenho. o filme começa muito silencioso e a câmera é parada. não chegamos perto do protagonista. aos poucos percebemos suas insanidades de pessoa solitária e a medida que nos aproximamos de sua histórias a música surge (como surge também na nossa cabeça nos momentos mais insanos), a câmera se move mais, acompanha a agitação do homem. agora ele comete insanidades de pessoa que não está tão só.
e não há bebida que justifique tanta insanidade.
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