:: like dreamers do
dias difíceis. uma dor de cabeça constante. algumas preocupações. um vazio, grande e profundo. encontro tempo para fazer experiências com bolos. consegui uma antena uhf e posso ver algumas sitcoms. me deu uma vontade de fazer um cd, mas não sei para quem dar. dizem que a brasil2000 anda melhorando bastante e gasto mais com livros.
ando procurando, pelas esquinas, placas pci, caixa de som estourada, nuvens desfeitas em desejos rarefeitos, ando procurando algum motivo mesmo desimportante para continuar caminhando. de repente, escrever sempre foi uma saída -- ando lendo dostoievski a torto e a direito -- mas agora não é mais. as palavras não se revelam mais para mim. talvez seja eu quem não as quer ouvir, ou elas que me renegam pois como dizia dostoievski : para escrever é preciso sofrer.
é uma dificuldade a tal liberdade. uma manutenção cara e dolorida que às vezes nos põe em crises de identidade, ideologia, sentimentos, biscoitos e sucos artificiais. toda vez que toca radiohead eu peço por favor para parar. e quando não toca me pergunto por que as pessoas não se importam. a febre é natural, o antitérmico que não. poderia passar horas pensando em como cheguei até aqui. e muito mais horas pensando em como não cheguei lá. enumero os motivos prós e contras e concluo: isso realmente não importa.
já me convenci que o brasil pode dar certo. que existem pessoas capazes de fazer dar certo. a existência dessas pessoas já é algo certo. sorrio porque eu conheço muitos deles e mesmo que não tenha a garra, o otimismo, a perseverança e esse amor estranho que esses amigos - pois que são - possuem, eles me consideram um deles só por ter essa coisa que é difícil de manter também chamada esperança.
não sei o que posso dar a eles. acho que querem que eu faça o meu melhor nem que o meu melhor não chegue ao tanto que é necessário para melhorar de fato. dizem: os fatos estão aí, se acredita que sorrisos podem surgir em razão exponencial é porque você é tão metido quanto a gente. e eu digo: sim, gosto de sorrisos.
resisto mais um pouco ao remédio. ouço rádio, alguns vídeos de suspense. comecei a escrever um esboço do romance que há tanto tencionava escrever, embora já tenha uma outra idéia para um outro. darei o meu melhor neste primeiro porque é como me despedir -- e eu quero me despedir -- das faltas, dos exageros e de amar tanto assim.
assim que tiver um esboço mais apresentável publico neste blog. melhor: só posto quando tiver um capítulo apresentável. um desafio como diria a mariana.
dito isso, boa noite.
dias difíceis. uma dor de cabeça constante. algumas preocupações. um vazio, grande e profundo. encontro tempo para fazer experiências com bolos. consegui uma antena uhf e posso ver algumas sitcoms. me deu uma vontade de fazer um cd, mas não sei para quem dar. dizem que a brasil2000 anda melhorando bastante e gasto mais com livros.
ando procurando, pelas esquinas, placas pci, caixa de som estourada, nuvens desfeitas em desejos rarefeitos, ando procurando algum motivo mesmo desimportante para continuar caminhando. de repente, escrever sempre foi uma saída -- ando lendo dostoievski a torto e a direito -- mas agora não é mais. as palavras não se revelam mais para mim. talvez seja eu quem não as quer ouvir, ou elas que me renegam pois como dizia dostoievski : para escrever é preciso sofrer.
é uma dificuldade a tal liberdade. uma manutenção cara e dolorida que às vezes nos põe em crises de identidade, ideologia, sentimentos, biscoitos e sucos artificiais. toda vez que toca radiohead eu peço por favor para parar. e quando não toca me pergunto por que as pessoas não se importam. a febre é natural, o antitérmico que não. poderia passar horas pensando em como cheguei até aqui. e muito mais horas pensando em como não cheguei lá. enumero os motivos prós e contras e concluo: isso realmente não importa.
já me convenci que o brasil pode dar certo. que existem pessoas capazes de fazer dar certo. a existência dessas pessoas já é algo certo. sorrio porque eu conheço muitos deles e mesmo que não tenha a garra, o otimismo, a perseverança e esse amor estranho que esses amigos - pois que são - possuem, eles me consideram um deles só por ter essa coisa que é difícil de manter também chamada esperança.
não sei o que posso dar a eles. acho que querem que eu faça o meu melhor nem que o meu melhor não chegue ao tanto que é necessário para melhorar de fato. dizem: os fatos estão aí, se acredita que sorrisos podem surgir em razão exponencial é porque você é tão metido quanto a gente. e eu digo: sim, gosto de sorrisos.
resisto mais um pouco ao remédio. ouço rádio, alguns vídeos de suspense. comecei a escrever um esboço do romance que há tanto tencionava escrever, embora já tenha uma outra idéia para um outro. darei o meu melhor neste primeiro porque é como me despedir -- e eu quero me despedir -- das faltas, dos exageros e de amar tanto assim.
assim que tiver um esboço mais apresentável publico neste blog. melhor: só posto quando tiver um capítulo apresentável. um desafio como diria a mariana.
dito isso, boa noite.
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