a million parachutes

for us

15 junho 2003

:: samba que fui
(cavaquinhos, pandeiro, samplers, barulhinho de coisa valvulada - para o fudge)

fiz a cama, trouxe o jornal da rua.
pão na chapa com café adoçado.
fechei a janela, o violão pontua
refaço esse samba começado.

meu coração machucado me diz
que morada não quer mais ser.
que não há porque ser feliz
que não tem porque acontecer.

(refrão)
mas a vida tem dessas,
hoje, fiz festa e deboche de você.
e mesmo que ainda não esqueça,
hoje, não vou me deixar embrutecer.

vou abrir as portas da sala,
vou tirar a mesa do lugar,
vou estrear a minha nova ala,
vou tirar dessa tristeza, o samba.

o sol saudoso! pois entre, por favor!
que não há nessa ventura o estar sozinho.
a gente aprende a dançar a custa do amor,
bamba, vive tropeçando e errando o caminho.

(repete refrão)

ah, vou sambar até não mais aguentar,
se me visitar, encontrará a porta aberta,
as roupas na cama, a sala para arrumar,
pão frio na chapa, o café na travessa,

aquilo no varal, é minha alma a secar,
e isso no lixo, os rebentos que tinha.
eu vou embora, eu vou deixar de amar.
eu vou embora hoje, mas volto, um dia.

(repete refrão)

lá lá lá...