:: das gavetas
_ e a luz das estrelas
fizesse uma canção de esperança parecer vontade e representação,
nada disso teria sentido além daquele que ansiamos.
se pudéssemos sempre sentir o gosto da realização
mesmo quando pouco satisfeitos com a realidade.
e a luz possuísse o calor dos homens bons
e a cegueira nos fizesse sentir a falta
das pessoas que não nos importa mais.
e a noite, alguém gritasse para que todos acordassem
para que dela se extraísse a melhor mitologia sobre a sonolência,
pequeno breviário da mediocridade e da razão.
evitássemos os dias nublados, mas não a chuva
porque nela dissolvemos as angústias e os lamentos.
e a luz das estrelas se fizesse perene
mesmo na explosão primordial e o quark.
e o pulsar revelasse a vida e a morte.
o antes, o depois e o enquanto.
porque estou acordado e te vejo
desperta entre os semitons, a vigília e a falta de esperança.
(de mariana.blues | 1999)
_ e a luz das estrelas
fizesse uma canção de esperança parecer vontade e representação,
nada disso teria sentido além daquele que ansiamos.
se pudéssemos sempre sentir o gosto da realização
mesmo quando pouco satisfeitos com a realidade.
e a luz possuísse o calor dos homens bons
e a cegueira nos fizesse sentir a falta
das pessoas que não nos importa mais.
e a noite, alguém gritasse para que todos acordassem
para que dela se extraísse a melhor mitologia sobre a sonolência,
pequeno breviário da mediocridade e da razão.
evitássemos os dias nublados, mas não a chuva
porque nela dissolvemos as angústias e os lamentos.
e a luz das estrelas se fizesse perene
mesmo na explosão primordial e o quark.
e o pulsar revelasse a vida e a morte.
o antes, o depois e o enquanto.
porque estou acordado e te vejo
desperta entre os semitons, a vigília e a falta de esperança.
(de mariana.blues | 1999)
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