a million parachutes

for us

20 maio 2007

:: vinicius e dora

na noite passada eu sonhei que rabiscava observações em um manuscrito. acabava de ser impresso, a tinta da impressora ainda não estava seca. preocupava-me a sujeira, mas também os parágrafos. não sabia se a mim pertenciam, algumas coisas eram extremamente familiares. outras, eram tão estranhas que mesmo que eu as tivesse inventado, não foi com juízo ou coerência.

não eram muitas folhas, nunca consegui passar de um certo limite - e isso era familiar. mas eram fontes pequenas e sem espaçamento duplo - e isso era novidade.

hoje de manhã, quando acordei, anotei o máximo que pude sobre o sonho. havia dois personagens, provavelmente um casal - o que era familiar. mas a força estava no homem - novidade. e talvez tivesse outros personagens, porque sempre quis escrever sobre muitos personagens. mas, era deles a história que se contava.

então percebi que não havia história. se eu gostaria que se apaixonassem ou que desencontrassem também não importava. deixei a anotação de lado, limpa de correções. guardei a caneta, apaguei o arquivo do computador e fui deitar. era domingo, queria deitar.

mas seus nomes não saíam da minha cabeça.