a million parachutes

for us

20 fevereiro 2007

:: sleeping away

quero me desculpar com meus amigos se pareço deslocado. se pareço em órbita, meio perdido. quero confessar que não vejo as cores que gostaria, mas tento enxergar as variedades. me pego sonhando às vezes com uma felicidade que não me cabe. que eu encontrei alguém que me acha que fui feito para ela. ou que eu consegui, de alguma forma espontânea e natural, registrar as imagens e os desejos que passam pela minha cabeça em imagens que se movem, ritmados com as batidas do meu coração. os meus sonhos não são grande coisa para as pessoas. acho que não há quem se reconheça ou se projete neles. os meus sonhos são estranhos, cada dia mais. eles falam de possibilidades, nunca do fato em si. e isto é de uma solidão dilacerante.

havia um tempo em que os meus sonhos eram mais fáceis de compartilhar, de dizer para as pessoas, eram também mais interessantes, deviam ter alguma cor. hoje em dia, eles andam mais concretos mas cada vez mais incompreensíveis e isto também é dilacerante para mim.

a campainha está tocando. o vento trouxe refrescos.