a million parachutes

for us

28 janeiro 2005

:: sonhos

sou um cara que vive de sonhos. encho-me de esperenças a cada gota obliqua que caí. se foi minha perdição muitas vezes, os sonhos já me salvaram. boia colorida para naufrago. hoje em dia tenho pouco sonhos e corro menos risco de me perder. não é que eu tenha poucas esperanças, mas a gente se acostuma as peripécias da vida, né? mas os sonhos um dia acabam. na realização ou em sua dissolução. já tive muitos sonhos e nesse momento que todos me acabaram posso vê-los todos com nitidez e clareza. posso dizer também: foram todos muito bonitos.

já amei bastante. acho que já amei tudo que se pode numa vida inteira. agora deixo o amor para quem possa fazer um uso melhor. porque amor não é só amar, amor também é fazer amar. o meu grande amor sempre será o último porque com ele está os meus sonhos maiores, os mais ousados, mas também os mais possíveis. mas que seria dos sonhos se fossem todos possíveis? talvez não existe amor.

meus sonhos acabaram. talvez tenha outros no futuro. hoje estarei a disposição dos sonhos que se foram, dos amores que se foram. amanhã, não sei mais.