:: o ano que acaba, o ano que chega...
já dizia drummond que a invenção do ano era uma coisa genial. afinal, renovar esperanças, apesar de nos parecer algo muito comum (afinal contamos nossa idade em anos), não é das tarefas mais fáceis. o poeta ainda dizia que o ano começava quando a gente quisesse, não era necessário que esperássemos uma data. um ano poderia durar séculos ou anos, dependia um pouco da nossa vontade de que passasse.
essa época do ano é sempre para mim um momento muito introspectivo. acho que pela calma que sempre foi o período entre o natal e o ano-novo. é um momento em que sem querer eu caio num balanço do que foi o ano e o que está sendo a minha vida. penso nas pessoas que me foram, que me são e que talvez me serão importantes. vivo cheio de planos, mas este ano tenho poucos. poucos mas bons.
apresentei meu tcc esse ano (trabalho de conclusão de curso) e fechei um ciclo na eca/usp. trabalhei duro, mas um trabalho que me ensinou muito. conheci pixinguinha, jacob do bandolim, cartola e outros bambas. assisti à pj harvey e ouvi muito libertines. ouvi jazz também e comprei um trompete. fiz uma oficina literária que me tirou pretensões literárias. voltei a tirar fotos, ampliá-las em casa. baixei muita música e filmes. fui pouco ao cinema, mas fui bem acompanhado. amigos se afastaram, outros tantos chegaram perto. conheci uma lua que me desmonta a terra. escrevi mais do que esperava. ouvi palavras fortes que me amendrontaram. ouvi outras que pediram para seguir. alguns sabem do livro que preparo, outros comentam dos vídeos que prometi. a minha banda não decolou. comprei livros, mas li muito pouco. caminhei muito pela cidade, algumas vezes pelo prazer de andar a noite, outras para procurar um lugar para (ser) um café.
arrependo-me de algumas coisas. mas não a ponto de me angustiar com elas. as angustias tenho de coisas que eu não sei.
a solidão quase me matou esse ano. fica para o ano que vem. o amor resiste. resiste sim.
feliz ano novo a todos! que o balanço seja positivo. nos vemos qualquer dia desses por aí!
já dizia drummond que a invenção do ano era uma coisa genial. afinal, renovar esperanças, apesar de nos parecer algo muito comum (afinal contamos nossa idade em anos), não é das tarefas mais fáceis. o poeta ainda dizia que o ano começava quando a gente quisesse, não era necessário que esperássemos uma data. um ano poderia durar séculos ou anos, dependia um pouco da nossa vontade de que passasse.
essa época do ano é sempre para mim um momento muito introspectivo. acho que pela calma que sempre foi o período entre o natal e o ano-novo. é um momento em que sem querer eu caio num balanço do que foi o ano e o que está sendo a minha vida. penso nas pessoas que me foram, que me são e que talvez me serão importantes. vivo cheio de planos, mas este ano tenho poucos. poucos mas bons.
apresentei meu tcc esse ano (trabalho de conclusão de curso) e fechei um ciclo na eca/usp. trabalhei duro, mas um trabalho que me ensinou muito. conheci pixinguinha, jacob do bandolim, cartola e outros bambas. assisti à pj harvey e ouvi muito libertines. ouvi jazz também e comprei um trompete. fiz uma oficina literária que me tirou pretensões literárias. voltei a tirar fotos, ampliá-las em casa. baixei muita música e filmes. fui pouco ao cinema, mas fui bem acompanhado. amigos se afastaram, outros tantos chegaram perto. conheci uma lua que me desmonta a terra. escrevi mais do que esperava. ouvi palavras fortes que me amendrontaram. ouvi outras que pediram para seguir. alguns sabem do livro que preparo, outros comentam dos vídeos que prometi. a minha banda não decolou. comprei livros, mas li muito pouco. caminhei muito pela cidade, algumas vezes pelo prazer de andar a noite, outras para procurar um lugar para (ser) um café.
arrependo-me de algumas coisas. mas não a ponto de me angustiar com elas. as angustias tenho de coisas que eu não sei.
a solidão quase me matou esse ano. fica para o ano que vem. o amor resiste. resiste sim.
feliz ano novo a todos! que o balanço seja positivo. nos vemos qualquer dia desses por aí!
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