a million parachutes

for us

13 dezembro 2004

:: do outro lado

do outro lado da rua, passa uma menina que deve ter me amado muito. não me lembro de suas delicadezas, mas seus arrombos das quais fiz graça. ela passa, nem me vê. porque eu mudei e ela também, provavelmente. nem deve ter sofrido tanto a minha indiferença, pelo menos é o que acho quando se é muito jovem. as feridas cicatrizam mais rápido e não somos tão tolos de mantê-las abertas. quando jovens, mercúrio-chromo é refrigerante. eu a vejo passar do outro lado da rua, sem cicatriz alguma.

e esses encontros... são desencontros?