a million parachutes

for us

27 novembro 2004

:: lost

não que eu prepare um café só para mim. e que remende histórias procurando alguém que possa me amar. se amo tanto e não sou correspondido é um pouco de falta de tato e sorte. o fato é que eu vou perdendo um pouco os ares e vou desistindo lentamente. uma ou outra vez, acredito um pouco que há alguém lá fora que me fará surpresas e precisará de mim de um modo que ninguém mais pode.

mas precisar não é amar.

então vou deixando meus pedaços por aí, saliva na xícara de café. todo dia, me desfaço um pouco e deixo o restante colorido para que as pessoas percebam menos. não guardo mágoas, só a tristeza do desiquilibrio entre amar e ser amado.

por conta disso, meus planos começaram a ficar rarefeitos. e cada dia que passa tenho essa impressão que apesar de resistir (porque é a única coisa que sei fazer um pouco bem) chegará um dia em que não restará muita coisa para se dizer história.

e aí poderão lavar a xícara de café e dar a alguém que lhe faça um uso menos solitário.