:: pensando em ti
ela acordou cedo. não precisava ter acordado cedo. pensou em voltar a dormir. sentiu um friozinho da madrugada, mas já fazia um pouco de sol. ajeitou as cobertas, acomodou o travesseiro. queria dormir, mas já estava disperta. eram 5 da manhã, fazia silêncio. era a única acordada, era a única.
levantou-se e foi ao banheiro honrar com compromissos. fez xixi, escovou os dentes, olhou para o espelho e ajeito o que podia ser ajeitado. era outro dia, mas a casa estava silenciosa. era como se estivesse num mundo paralelo, havia uma paz soberana. imaginou que o dia inteiro podia ser assim: como se o outro mundo, o real, pudesse ter acabado.
pensou na comodida da cama, mas resolveu ir para o escritório. na solidão do fim da madrugada, queria escrever uma carta, mensagem de que estava tudo bem. que apesar de tudo, passaria o café e faria torradas. e mais tarde, iria passear pela vizinhança e vencendo o bairro, iria para o centro e talvez passasse o final do dia na praia. queria dizer que estava confusa, que, se fosse possível, tirassem-lhe as decisões importantes. o dia tem muitas faces. a carta chegaria por certo ao seu mundo real. talvez muito mais cedo.
o sol já perdia seu laranja para se tornar luz invisível. ela olhou pela janela a cidade que deixava de silenciar. pensou que alguns minutos mais com o seu café não fariam mal ao sono que se daria daqui a pouco. o seu coração batia devagar, recusava-se a acompanhar o inicio do dia. terminou o café e foi se deitar. pensou em mais 3 ou 4 linhas para a carta que não será enviada. sabia que ao dormir, acordaria em outro dia mesmo que o calendário dissesse que não. pensou no destinatário de sua carta e não se importou: era num dia como esse de batida lenta e frio que ela o reconheceu.
ela acordou cedo. não precisava ter acordado cedo. pensou em voltar a dormir. sentiu um friozinho da madrugada, mas já fazia um pouco de sol. ajeitou as cobertas, acomodou o travesseiro. queria dormir, mas já estava disperta. eram 5 da manhã, fazia silêncio. era a única acordada, era a única.
levantou-se e foi ao banheiro honrar com compromissos. fez xixi, escovou os dentes, olhou para o espelho e ajeito o que podia ser ajeitado. era outro dia, mas a casa estava silenciosa. era como se estivesse num mundo paralelo, havia uma paz soberana. imaginou que o dia inteiro podia ser assim: como se o outro mundo, o real, pudesse ter acabado.
pensou na comodida da cama, mas resolveu ir para o escritório. na solidão do fim da madrugada, queria escrever uma carta, mensagem de que estava tudo bem. que apesar de tudo, passaria o café e faria torradas. e mais tarde, iria passear pela vizinhança e vencendo o bairro, iria para o centro e talvez passasse o final do dia na praia. queria dizer que estava confusa, que, se fosse possível, tirassem-lhe as decisões importantes. o dia tem muitas faces. a carta chegaria por certo ao seu mundo real. talvez muito mais cedo.
o sol já perdia seu laranja para se tornar luz invisível. ela olhou pela janela a cidade que deixava de silenciar. pensou que alguns minutos mais com o seu café não fariam mal ao sono que se daria daqui a pouco. o seu coração batia devagar, recusava-se a acompanhar o inicio do dia. terminou o café e foi se deitar. pensou em mais 3 ou 4 linhas para a carta que não será enviada. sabia que ao dormir, acordaria em outro dia mesmo que o calendário dissesse que não. pensou no destinatário de sua carta e não se importou: era num dia como esse de batida lenta e frio que ela o reconheceu.
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