a million parachutes

for us

05 maio 2004

:: consolo na praia

a poesia de drummond me afeta deveras. corta feito canivete e refresca feito rebento de rio. me vêm lágrimas, sei que não são dos olhos porque tenho cuidado bem deles. no peito, sinto uma verdade do tamanho do mundo e meu coração não tem o tamanho do mundo. é preciso continuar, todavia. a gente vai descobrindo a incompletude, a impossibilidade das felicidades bonitas, os sabores agridoces. a gente descobre que o grande amor nem era tão grande e aquele afeto era de fato amor. a gente descobre tudo isso muito tarde, mas não tarde demais.

existe uma vida melancólica, triste até. mas isso é pior motivo para deixar de sorrir. lembro-me de uma foto de drummond dando um sorriso tímido. do nada, me deu esparança.

um presente para os leitores desse humilde blog:



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