a million parachutes

for us

21 agosto 2003

:: nomes

quando comecei a escrever posts a partir das músicas do coldplay, sempre tive um receio muito grande de me concentrar em shiver porque é a música que mais gosto dos caras. quando combinei com a liza para escrevermos roteiros sobre as músicas do a rush of blood to the head era exatamente para evitar o parachutes que tem a música.

no fundo, gostaria muito de que o one i love se chamasse shiver . mas quando ouvia a música título do blog da liza pensei em como os sentidos são realmente construídos. não trocaria o nome hoje simplesmente porque one i love representa todas as idéias e construções imaginárias contidas naquele blog - coisas invisíveis, maurício, notas ao luc, frescor pela vida -, assim como a idéia original da música do sixpence também foi alterada no processo de escrever este blog aqui.

acho que há uma compreensão e um entendimento que vem da prática do cotidiano. a criação de sentido não é só um modo de montar palavras através de radicais gregos ou latinos ou inventando expressões fortes e afirmativas. existe uma criação que vem do dia-a-dia. quando penso em cerejas, lembro-me imediatamente da cris e seus "vou lá e já volto" ou "cuuuuuuu" ou essa coisa nuvoletistica que ela tem.

assim deve acontecer com os nomes das pessoas também.

tenho lido e pesquisado muito sobre blues . e me lembrei em como mariana.blues foi um projeto ambicioso sem saber. essa idéia de uma alegria melancólica sempre me perseguiu, mas nunca soube bem como utilizá-la na prática. tenho pensado em retomar o projeto mariana.blues com outros conceitos novos sem perder o que me inspirou e o que achei belo desde o início.

dar nome é desdar nome também.