a million parachutes

for us

04 julho 2006

:: esboço #01

Chris. Os movimentos de diafragma de Michel são inconstantes. O seu colo não é confortável e o amor é azul escuro como os buracos dessa cidade. Ele conhece alguns atalhos. Se estivesse aqui. Ele está. A Chris não sabe se acomodar em mim. Prefere o colo ao meu peito e ombros. Lembro-me dela sentada do lado da janela, o preferido. Não era a janela. Falei para ele que não era por causa da janela. Mas por essa sensação de que me sentir com dificuldades de sair de um lugar. Chris sempre foi para onde sempre quis. Ela foi atrás de mim com determinação e habilidade. Mas não sabia se acomodar em mim. Faz alguns meses que ele se foi. Michel disse adeus como se descesse do ônibus.

Eu sinto falta dela fingindo da janela que já fui. Ele me assusta quando o seu diafragma pára com uma respiração mais lenta.

Mika, seus olhos estão salinos e saudosos. Nosso itinerário está sendo desfeito enquanto chegamos. Não tenho coragem de virar meu rosto para encontrar o seu. Sinto sua falta na periferia dos meus olhos enquanto observo a cidade através da janela. Mas, Chirs, eu fingia muito bem estar prestando atenção nas ruas quando suas ruas eram o que me guiava. A minha respiração lenta não chamou sua atenção.

Chamou sim.