:: tokyo´s sleeping in my polaroids
quando as luzes das ribaltas, postes, letreiros, tela gigante de pop star,
acedem como a um cigarro de dias contados, sinto sonho.
espreguiço-me em neons multicoloridos, faces quase conhecidas
de bem-vindo, olá, boa noite, até um outro dia qualquer.
por um instante, se eu fechar os olhos, a minha liberdade é impar.
na blusa pesada, os bolsos cheios de detalhes e moedas sem valor.
o sussurro dos carros transformam os meus pensamentos em sinfonia.
as lojas de conveniência são inconvenientes quando se quer beijar.
faço os meus desejos de atravessar as ruas, os carros atendem.
roupas bricoladas em mulheres de meias longas e colegiais.
as estações de trem são lugares de muitos lugares que não estou.
da paisagem que passa não sentirei saudades. das noites, sim.
meus cansaços se misturam ao dos outros que não desejam cansar-se.
é claro para alguns que o cansaço coletivo nos faz prestar atenção
nas calçadas, nos preços, nas notícias de jornal e em lamentos.
não encaro os olhos da cidade para não me justificar sisudo.
as luzes vão se apagando, o sol nascente não é vermelho.
nas caras de sono, nas bebidas invisíveis e na fé no trabalho
as pessoas tomam novamente as ruas de uma tóquio sonolenta.
ou sou eu quem sonho e sou fotografado pela cidade.
quando as luzes das ribaltas, postes, letreiros, tela gigante de pop star,
acedem como a um cigarro de dias contados, sinto sonho.
espreguiço-me em neons multicoloridos, faces quase conhecidas
de bem-vindo, olá, boa noite, até um outro dia qualquer.
por um instante, se eu fechar os olhos, a minha liberdade é impar.
na blusa pesada, os bolsos cheios de detalhes e moedas sem valor.
o sussurro dos carros transformam os meus pensamentos em sinfonia.
as lojas de conveniência são inconvenientes quando se quer beijar.
faço os meus desejos de atravessar as ruas, os carros atendem.
roupas bricoladas em mulheres de meias longas e colegiais.
as estações de trem são lugares de muitos lugares que não estou.
da paisagem que passa não sentirei saudades. das noites, sim.
meus cansaços se misturam ao dos outros que não desejam cansar-se.
é claro para alguns que o cansaço coletivo nos faz prestar atenção
nas calçadas, nos preços, nas notícias de jornal e em lamentos.
não encaro os olhos da cidade para não me justificar sisudo.
as luzes vão se apagando, o sol nascente não é vermelho.
nas caras de sono, nas bebidas invisíveis e na fé no trabalho
as pessoas tomam novamente as ruas de uma tóquio sonolenta.
ou sou eu quem sonho e sou fotografado pela cidade.
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