:: faluas a dois*
enquanto eu dormia, sempre ocorreu-me no canto do olho que sonhava, uma pitada de realidade. como se jogasse-me na imensidão do mar com alguma indicação de como remo e volta. linha, pedaço de pão, rastros.
e sempre fui convencido de que este artíficio fosse uma demonstração de meu tremor em mergulhar em meus desejos e conflitos. como se a realidade fosse um bem maior de conforto que os próprios sonhos. achavam-me covarde. sempre pensei-me convarde.
um dia, enquanto eu sonhava com hesitação sobre os amores que perdi, dei-me conta que esta concretude em meus sonhos era o modo com que eu inventava as minhas leis. um jeito de criar as questões para as respostas feitas de sonhos.
em mim, tenho sonhos.
em mim, tenho realidades.
e desde então sonho os mundos reais porque já foram impossíveis. e realizo a vida sonhada porque ela já foi possível.
* esta série está ficando cada vez melhor!
enquanto eu dormia, sempre ocorreu-me no canto do olho que sonhava, uma pitada de realidade. como se jogasse-me na imensidão do mar com alguma indicação de como remo e volta. linha, pedaço de pão, rastros.
e sempre fui convencido de que este artíficio fosse uma demonstração de meu tremor em mergulhar em meus desejos e conflitos. como se a realidade fosse um bem maior de conforto que os próprios sonhos. achavam-me covarde. sempre pensei-me convarde.
um dia, enquanto eu sonhava com hesitação sobre os amores que perdi, dei-me conta que esta concretude em meus sonhos era o modo com que eu inventava as minhas leis. um jeito de criar as questões para as respostas feitas de sonhos.
em mim, tenho sonhos.
em mim, tenho realidades.
e desde então sonho os mundos reais porque já foram impossíveis. e realizo a vida sonhada porque ela já foi possível.
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