a million parachutes

for us

06 setembro 2005

:: um casal no metrô

no metrô, vejo um casal e me soa duas solidões companheiras. o casal não tem pressa de chegar, são como fugitivos a espera do triste exilo. a cada estação, as pessoas entram e saem. mas o casal se protege da agitação. há hematomas invisíveis por todos os braços que se protegem. chegamos a estação final, deixo que o casal saia primeiro, não me atrevo a desmanchar qualquer harmonia que exista. penso na minha solidão e acho que não estou fugindo para lugar nenhum...

nenhum.