a million parachutes

for us

15 março 2005

:: kriptonita

lembro-me de uma noite em que, deitado na minha cama e olhando através da janela, o céu me foi sendo revelado. as nuvens fizeram bailado e se dissiparam, como se no céu fossem apenas névoa. e aos poucos, o espaço sideral foi se construindo e pude ver planetas, cometas e outras entidades científicas. senti meu corpo sendo tomado por aquela imensidão que estava tão longe e ao mesmo tempo me encobria. pensei nos mistérios que nunca solucionaremos ou que não teremos tempo de solucionar. a finitude da vida. se as constelações se importam se eu amo ou sou amado. se serei forte para ser eu mesmo e não um outro. se as crenças continuarão...

e nesse momento entendi o buraco negro. que nem a luz conseguia fugir de sua magnetitude e que ele destroçava a matéria.

e entendi porque inventamos a anti-matéria.