a million parachutes

for us

06 julho 2004

:: um samba sobre o infinito ::

falei com a renata pelo msn. mais: vimo-nos pelas maravilhas da tecnologia e webcams. senti saudades. já souberam que a saudade é uma das dez palavras mais difíceis de traduzir? deve ser tanto quanto explicar felicidade.

havia 4 ou 5 anos que não nos falávamos direito. mágoas que vai se carregando por estupidez e teimosia. talvez já estivesse relevado isso há algum tempo. mas só hoje percebi que o tempo faz das suas. somos pessoas diferentes agora. o tempo não gasta a margem, molda segundo suas pertinências.

lembro-me do velho ale. aquele que pensava muito rápido e fazia piada de tudo. lembro-me de que eu mantinha a mente aguçada para evitar cair em suas armadilhas, porque certamente a luciana tornaria a humilhação ainda maior. lembro-me das doideras da nívea e da nossa vontade de que a joana estivesse mais próxima. lembro-me da elegância e graça da inocência do rodrigo. lembro-me de uma priscila ansiosa e a inquietude que saía pelos seus poros. lembro-me da giuliana avoada e percebendo aos poucos do que fazia parte. lembro-me da faride se aproximando e se afastando. lembro-me da leilla.

lembro-me de muita coisa. mas tenho esquecidas outras tantas. é natural. as prioridades mudam, o convívio determina e nós reagimos lembrando do passado com certa esperança.

combinei com a renata de retomar a velha amizade. de horas inteiras no telefone. nas tirações de sarro. um trato que não tem o valor desmedido dos tratados de amizade para toda vida. mas que é tão de coração que poderia ser.