ana,
hoje não quero lhe falar sobre idas ou sobre como isso pode ser dolorido ou libertador. na falta de qualquer verdade parcial, também adbico em lhe falar de saudades anunciadas ou de como a tenho em coração e pensamento.
não vou falar sobre o cuidado que tenho em lhe falar, de dizer coisas apropriadas mas que ao mesmo tempo sejam as mais sinceras. não falo o que penso porque não sei dizer o que penso. também não vou insistir no assundo de que a busca da minha própria verdade tem muito a ver com coisas que você pensa e diz.
não vou dizer que perfiro que quebre a janela da nossa casa ao invés de apenas entregá-la ao abandono. vou admitir minha pequena negligência também, mas não vou comentar porque quero crer que no futuro será um comentário esquecível.
ah, ana, quero lhe dar notícias boas, novas que lhe serenem a cabeça. digo que irei visitá-la sim e que vou causar o menor aborrecimento possível. reserve-me uma ou duas horas. disseram-me que é possível encontrar infinitudes em tempos fechados.
por hora, digo apenas um olá e desejo melhoras.
marcio
p.s. alikan escolhe seus próprios cheiros...
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