:: drummond de madrugada
Luiza : levantar? esta baixa.... no chao....sem condicoes.....sem força....
Marcio : ah, dificil pedir hj, eh mto cedo. mas tudo passa. roubando de drummond:
o primeiro amor passa,
o segundo amor passa,
o terceiro amor passa,
mas o coração continua.
Marcio : tem nocao desse ultimo verso? "mar o coracao continua"? eh foda!!!
Luiza : que liiiindo! amo drummond....
Marcio : minha interpretacao viajante do ultimo verso: o coracao, este ente estranho e quase inexplicavel, apesar das passagens do tempo e das alegrias e das dores, insiste em continuar. quase q estupidamente, resiste. continua tentando, como um idiota. eh quase burrice, mas continua.
Vamos, não chores...
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
A injustiça não resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo tomado, devias
precipitar-se, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
Carlos Drummond de Andrade
Luiza : levantar? esta baixa.... no chao....sem condicoes.....sem força....
Marcio : ah, dificil pedir hj, eh mto cedo. mas tudo passa. roubando de drummond:
o primeiro amor passa,
o segundo amor passa,
o terceiro amor passa,
mas o coração continua.
Marcio : tem nocao desse ultimo verso? "mar o coracao continua"? eh foda!!!
Luiza : que liiiindo! amo drummond....
Marcio : minha interpretacao viajante do ultimo verso: o coracao, este ente estranho e quase inexplicavel, apesar das passagens do tempo e das alegrias e das dores, insiste em continuar. quase q estupidamente, resiste. continua tentando, como um idiota. eh quase burrice, mas continua.
o poema inteiro para ti:
Consolo na praia
Vamos, não chores...
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
A injustiça não resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo tomado, devias
precipitar-se, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
Carlos Drummond de Andrade
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