:: linha
sobre a palma da minha mão esquerda há uma linha crespuscular.
não me aponta o norte;
não me aponta o sul.
avança sobre meu braço, ombro,
atravessa meu coração torto
- e não desentorta -
o estômago, bacia, o fêmur
e saí pelo meu calcanhar direito
para se confundir
nas rachaduras do concreto quente.
a cidade se aproveita dos meus desejos, a palma de minha mão,
e me simula em prédios, praças, o céu.
e já não sei o que sou eu ou o que é a cidade.
mas o crepúsculo não sou eu.
sobre a palma da minha mão esquerda há uma linha crespuscular.
não me aponta o norte;
não me aponta o sul.
avança sobre meu braço, ombro,
atravessa meu coração torto
- e não desentorta -
o estômago, bacia, o fêmur
e saí pelo meu calcanhar direito
para se confundir
nas rachaduras do concreto quente.
a cidade se aproveita dos meus desejos, a palma de minha mão,
e me simula em prédios, praças, o céu.
e já não sei o que sou eu ou o que é a cidade.
mas o crepúsculo não sou eu.
<< Página inicial