a million parachutes

for us

20 fevereiro 2005

ana,

tem sido uma semana intensa, ana querida, e ao contrário do que costumo fazer, deixei-me levar. corri o risco de não anotar muita coisa e esquecer fatos importantes -- minha memória imediata se perde em sonhos e ilusões -- em prol de viver o momento como está sendo. vejo nessa atitude um pouco de você.

compreendo melhor, acho, esse sentimento de liberdade ou de pretensão de liberdade. não sou uma pessoa livre, eu mesmo me dou comprometimentos. não mudarei muito, porque gosto de ter laços. sou medroso, preciso de terra firme. mas um pouco de mar não faz mal a ninguém. e de vez enquando acho que sair por aí não me fará mal. vou te visitar o mais breve possível.

falava sobre o quanto anda doce, ana. acho que eu também posso me adocicar um pouco. quanto aos seus cajus, vou dar utilidade as castanhas e comê-las todas!

márcio