a million parachutes

for us

28 novembro 2006

:: parachutes.tv _ supercordas @ ruradélica



27 novembro 2006

:: parachutes.tv _ lulina + causadores



in: balada do paulista. puta, meu, tipo, nossa, cara, então, que fofa é essa lulina.

20 novembro 2006

:: lusofonias

é como se as cidades invisíveis que enxergo tivessem seus ruídos também imaginários.
:: enquando eu acordo

sonho com uma lucidez que dê razão aos sonhos.

19 novembro 2006

:: economia

quase sempre meço as palavras, frases e orações. sei que o pensamento e as conversas às vezes fogem dessa economia. um pouco de segredo, um pouco de bom senso. sei que você quer participar da minha vida, mas não sabe quase nada sobre mim. e agora você vai ficar se perguntando se é segredo ou bom senso não saber.

tento, na medida do improvável, representar a minha miséria humana nos meus signos. o que me falta acaba sendo o que me sobra.
:: parachutes.tv _ criar raiz e se arrancar



_ para prica e van .

14 novembro 2006

:: parachutes.tv _ new order * krafty



sensacional!
ana querida,

concordo contigo sobre a raridade das cartas. eu pensava que eram os tempos modernos e suas velocidades nos roubando oportunidades para escrever ou qualquer coisa assim. mas lendo sua carta percebi que é mais uma prática que se deve acostumar do que propriamente um esforço para se comunicar. digo isso porque nas linhas que escreveu quase pude sentir as disrtmias do teu coração. pude sentir o olhar como uma lente e as palavras como uma edição, as histórias se tornando poesia, crônica de uma cidade-casa. eu tento cultivar esse hábito em pequenos versos ou vídeos e de certa forma sempre acho que você os lerá. com sua útlima carta, não me veio apenas notícias boas, veio-me também possibilidades para te escrever.

nestes últimos meses comecei a plantar algumas flores. nesta semana tenho uma boa coleção de cravos e girassóis. na minha pretensão a agricultura, também plantei legumes como a cebola e algumas frutas como o tomate e, com mais ambição, melancias. tornou-se um hábito bom regar e fornecer adubo às plantas, um exercício de paciência a este mundo tão tecnico. cada dia aprendo algo novo como o tamanho das raízes e o tempo de floração. cada coisa tem seu tempo, até o ser humano, mas dentro do que lhe é dado, o homem é um subversivo! o que poder algo ruim ou bom.

aqui em paulicéia city as coisas vão indo como sempre. eu pego atalhos na cidade para não perder em mim mesmo. ganho tempo mudando meus horários e itinerários e gasto numa caminhada na avenida paulista a noite. ando pensando muito em seres imaginários. em seres memoriais. em seres de longe. e quando dou por mim os vejos muito perto. a lente do meu cansaço às vezes os faz muito tristes. mas como eu, são todos sugestivos a felicidade.

os dias vão indo. é um exercício de vivência cada manhã. fazer do cílio caído uma melodia. depois ser destroçado pelo trabalho, mas com aquela cílio-nota zumbindo no ouvido. você é um cílio, ana.

bjs

márcio

12 novembro 2006

:: 2 horas da manhã

o som em suspensão da madrugada,
os luxes rarefeitos das estrelas,
as nuvens que envolvem a cidade,
as àrvores móveis e subversivas,
sirenes ao longe, helicópteros tão perto,
o cheiro dos botecos recém-fechados,
alguém dorme, sou eu? não estou com sono.
a chuva começa lenta e amiga,
não a vejo, sinto através do pano úmido
da blusa desbotada em lugar que ninguém repara.
preciso de dinheiro, quero viajar.
vou entragar uma carta em mãos para ana,
vou ouvir novamente o som em suspensão
da madrugada de akihabara.
penso que meus olhos devem estar bonitos
para quem consegue enxergá-los assim no escuro
porque as pupilas dilatadas dão um ar atento.
a mochila pesada, os tênis sem sola,
caderno de anotações de versos sem rima,
uma lembrança tardia ao horário de telefonemas.
quem está me sonhando agora? é você?
estou me desfazendo na rotina desta cidade,
nos ângulos agudos dos prédios inacabados,
e no desejo de que a madrugada me refizesse.

11 novembro 2006

:: noite de sábado

ouço buzinaços lá fora. um casamento aconteceu. presto atenção no céu pensando se o casal vai querer lembrar do céu deste dia tão igual aos outros. o que farão para não confundir em suas memórias com outros céus? o noivo baixa o véu da noiva para que ela veja o céu quadriculado. a noiva beija os olhos do noivo para que ele veja embaçado. e será presente em suas vidas a impressão de estrelas e suas buzinas.

09 novembro 2006

:: aquecimento para os shows

13.11 - new order _ via funchal

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15.12 - el perro del mar _ sesc vila mariana

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08 novembro 2006

:: ato falho

ana: assim que eu gravar eu te amo.
márcio: ok!
ana: eu te mando! será ato falho?
márcio: eu não ia nem comentar porque foi a poesia do dia.

(foi mais ou menos assim)

06 novembro 2006

:: fitinha

a fitinha do senhor do bonfim arrebentou-se e não percebi. pensei nos desejos que são realizados diariamente e passam despercebidos. ficou a marca de sol e uma fitinha laranja que deve caber no pulso de uma criança, perdida fita na cidade.
:: poema para nat johnson

esta é a última vez que me apaixono por você.
sim porque desamar é dilacerante demais.
você tem este violão a quem chama de jim
e me chama quando pode senão quando quer.
a sua voz aveludada é azul de mar
e é ela quem define as ondas do meu coração:
se é calma a maré ou se é prenúncio de tempestades.
nat, eu me desapaixono nas calmarias,
as suas ressacas me dizem bem.

os seus cabelos presos a dois,
o seu vestido de joelho,
eu gosto da sua tiara barata 1,99 ,
a sua marca de sutiã de sol.
o universo será engolido por supernovas
e eu me apaixonando de novo.
desamar você é uma ciência sem infinito.
:: cry me a river

se eu te faço chorar
ninguém sabe
nem saberá.

05 novembro 2006

:: parachutes.tv _ eu vejo nos teus olhos - parte 2



é isso: felicidades.

03 novembro 2006

:: parachutes.tv _ eu vejo nos teus olhos parte 1



para mari, carlos, nivea, felipe, joana e diogo.
:: vela

vou acender uma vela para dizer que decidi que sua felicidade é primordial. e irei-me embora sabendo que da minha vela não restará parafina gasta e nem possibilidade de chama.