a million parachutes

for us

31 março 2003

:: fotoblog #06


essa foto mereceu ser publicada só por causa da cara de babaca do alê =)
:: time.machine.chronicles _ shape


eu (careca!!!), leilla, saji e faride. 1998.
:: time.machine.chronicles _ capa

revirando o hd, encontrei essa preciosidade: a capa do cd que demos pra nívea em seu aniversário de 2000.

fotoblog #05


priscila
:: fotoblog #04


já publiquei essa foto no no scrubs, mas não resisti. publico novamente.
:: fotoblog #03


faride foroutan
:: joana

a joana do valle fez aniversário e nem consegui falar direito com ela. vai aqui meus parabéns. mtos beijos para ti, amore.

29 março 2003

:: agradecimentos

hoje teve exibição de dois vídeos que realizei e um que produzi na mostra do audiovisual paulista. muito bom ver a galera lá. muitos beijos para a analu (uma década de amizade!) , a pri, a jo, a nivao (que colaram grau hoje, parabéns!) , a minha estrela mari (te amo muito!) , a pri nicolleti (surpresa agradabilissima, prometo caprichar nas suas fotos! ), as fers e ale. obrigado mesmo pela amizade, entusiasmo e atenção. parábens aos outros realizadores, não gosto muito de mostra, mas o lance de encontrar é muito bom!

27 março 2003

:: livro

a menina segura com firmeza o livro novo. fita a capa, absorta. está com medo do que encontrará em suas primeiras páginas. teme se frustrar com que lerá. e se não for da sua satisfação? assim parada, ainda tem tempo de recuar, dar ré e ir embora.

mas uma confiança a arrebata. o livro parece lhe dizer que são cumplices. e feito este trato, começam os dois a jornada. primeira página.

25 março 2003



:: em seu lugar

em seu lugar, eu mudaria de posição
algum que deixasse os ombros menos tensos.
costumeiramente, você se deita na cama
e acomoda o travesseiro de modo
que possa ver o malabarismo
que faz com seus pés.

o telefone entre o ombro e a cabeça
permite que deixe soltas as mãos
para brincar com seus seres gasosos e imaginários
que desaparecem a cada novo nó dramático da conversa.

você fica falando expressões fálicas,
testando a minha atenção na conversa.
em seu lugar, duvidaria disso.
eu fico pensando quanto tempo foi necessário
para aprender essa forma de nazalar essas expressões.

agora consigo substituir com mais exatidão
a expressão "rs" do icq
pelo correspondente sonoro.

em seu lugar, não deixaria de rs.

24 março 2003

:: novos links

# drama queen stumbeline

blog da nivea serra. amigona que já me indicou muita coisa boa de música.

# coruja caolha

produtora de filmes trash do genial leo andrade. o cara é muito foda.

22 março 2003

:: nuvoleta

nuv.oleta #62

21 março 2003

:: retorno

meio a volta dos que não foram, estou retomando o blog. descobri que havia mais pessoas que me são muito importantes que lêem. é uma forma de manter contato, mesmo que não multilateral. agradecimentos para o fudge, a fer, a dea e andré.

um agradecimento especial para a luiza com quem acabei de abrir um blog novo. visitem-nos!

http://no-scrubs.blogspot.com

17 março 2003

:: encerramento das atividades

não sei quem lê esse blog. acho que nem é tanta gente assim. estou preferindo mandar esses textos diretamente a quem interessa. gosto bastante do que escrevo, porque sempre vejo a minha decisão de adotar um estilo passional ao de intelectual. sentimental ao invés de estético. mas não é o suficiente para que continue esse blog.

os meus amigos mesmo não me costumam ler o blog. preferem que eu seja outra coisa: empreendedor, o cara que faz. acho que acabo sendo isso mesmo. projetista acima de tudo. vou então me concentrar em projetos que me dêem satisfação, porque esse blog não me dá tanta. quem esperava que lesse, não lê. e quem lê, não opina. estou falando comigo mesmo, e me sinto muito só para continuar isso.

acho que assim fecho também as colunas. razões para se apaixonar pela tereza devem ter muitas mais por aí, mas todas que pude escrevi aqui. e ela não se apaixonou por mim. songs for luiza é tão novo e já se vai. time.machine.chronicles fica para um caderno de memórias, talvez quando escrever tenha muito mais. sereno 6 já se foi.

agradeço a todos que quase que diariamente visitavam o blog, mesmo, de coração. para vocês, continuo em forma de email, carta ou telefonema. ou mesmo convite para café.

é um tempo de esperanças. de idéias novas e amigos novos. fazedores novos de coisas novas. vou segui-los não porque quero o novo, mas porque quero uma nova forma de viver.

tem sido dias deslocados estes. e muito coisa está acontecendo. vou fechar o blog para viver o outro lado de lá.

todos os paráquedas já pousaram... bem-vindos!

15 março 2003

:: mídia tática brasil #01

participar desse evento está me fazendo pensar e repensar vários assuntos, posições e temas da minha vida. não que seja uma reviravolta total, mas tem sido muito energético a imersão nessas idéias novas que ainda estou começando a refletir sobre e a convivência com pessoas que realmente produzem coisas.

não sei se me alinho a muitas das coisas que estão no festival. mas o festival em si é uma grande vitória sobre o comodismo. muita gente doando e se dando para não só exibir trabalhos, mas conversar com outros. é festival, mas é muito crítico também.

para mim, o que tiro de bom é esse reforço sobre a idéia de faça você mesmo, seja a sua mídia, que tanto martelei na cabeça durante a faculdade. e o poder de resistências das pessoas comuns. não quero mais mexer por enquanto com linguagem, estética, etc... quero me voltar a fomentar, fazer baderna, reunir pessoas e criar químicas em que explodam expressões, paixões e novas idéias. o mundo está aí para subversão. e a maior é permitir que os outros subvertam.

vou tentar colocar aqui algumas idéias, acontecimentos e reflexões que estou tendo durante o evento e durante a captação do material pro documentário que estou produzindo. penso que me encontrei um pouco, embora ache que o melhor é se perder.

11 março 2003




:: haiku terminal parque dom pedro ii - butanta usp - 702-u

os outdoors
não anunciam os produtos
dos vendedores de giló.

os barulhos da cidade
não mentem ao officeboy
de walkman.

bandeira do banespa
tremula só
no ar rarefeito.

os led da sta ifigênia
piscam sedutores
para crianças crescidas.

ipiranga com são joão
atravessam caetanos
de costura modesta.

venham conferir!
o melhor cinema
com as mais belas garotas.

a praça da república
espera inquieta
o começo da república.

os motoboys
correm o dia
para sem boys de moto.

a música dos motores
não consola
os motoristas da consolação.

os outdoors da playboy
consolam um pouco
os motoristas da consolação.

a avenida paulista
transversalmente
é uma rua qualquer.

a para das clinicas
revela o quanto
doentes somos.

na rebouças
parti meu coração
numa declive.

o dinheiro
na faria lima
é espelho.

há mtos vestidos
para alugar
para muitas noivas.

no shopping eldorado
a passarelo de acesso
é cinza.

a ponte da eusébio
ainda guarda cicatrizes
de um caminhão de mudança.

já vai março
e o outdoor da cicarelli
começa a descascar.

as rotatorias da usp
dão preferencia
só aos que entram.

:: aqui

aqui as coisas não fazem sentido
sentindo o que anda?
anda de um lado para outro
como se o outro fosse você mesmo
mesmo que digam o quanto egocêntrico é,
é inevitável que faça sentido daqui.


escrita #02

tua escrita amorosa, em minha pele, é alfabeto sem vogais.
dificil e conceitual.
não está na lingua da prática do povo.
é um código secreto
e diz respeito ao nosso tato.
com a ponta dos dedos
revela-me tua libido,
com a palma, a ausência.

a tua leitura exige paciência.
de nada vale o meu imediatismo.
a nossa língua é a saliva espera de um significado comum.


10 março 2003

:: pantufas blog

o site do pantufas não tem link para o blog. aqui está:

http://www.pantufas.blogspot.com

e pantufas forever!!!
:: recesso

o blog entra em recesso por tempo indeterminado para balanço. coisas boas, coisas ruins. 3 meses.

desenvolver um layout melhor, quem sabe mais interativo e com mais links.

o conteúdo para repensar. menos melancólico talvez. mais divertido quem sabe.

tempo escasso. muito tempo na internet. lá fora a cidade vive. e ouvi o seu chamado.

é preciso, contudo.
:: wall in your heart

ouvi os seguintes versos de uma música pop:

I feel your pain
I feel the rain
What happened to you?
I can't get to you

o que aconteceu com você? o que aconteceu comigo? o que aconteceu conosco? o que nos distraiu um do outro? há neste espanto sobre o descobrimento das mudanças um pouco de lágrimas. mas também um pouco de sorriso. embora, não consiga companhá-la tão bem.

08 março 2003

:: sociedade dos poetas mortos

há muito tempo não assistia. encontrei a fita entre tantas outras. quase não se via a etiqueta. tento lembrar das minhas impressões quando assisti pela primeria vez. não lembro com precisão, mas reconheço uma pequena felicidade.

muitas outras leituras. diferentes. seize the day. carpe diem. oh, captain my captain. um grupo de amigos subversivos não porque são contra a sociedade autoritária, mas porque são cúmplices de uma vontade de viver intensamente. são subversivos ao refundarem dead poets society, dar-lhe novo sentido, o sentido que acharam melhor para praticarem suas vidas.

mas o que me chamou a atenção foi o encadeamento final. como as coisas foram sendo destruídas. as construções foram sendo desestruturadas para que não abalassem estruturas maiores. pagaram pela ousadia. um a um. deve ser isso que é reservado aos ousados. um preço. está tudo perdido.

mr. anderson sobe em sua carteira. seu carpe diem é ali, num momento de sofreguidão. é preciso ser honesto, é preciso ser verdadeiro. não está aqui para sentir prazeres sensuais ou brilhar ou ser o centro do mundo. está aqui para reverenciar outras grandezas, sua lealdade a tudo que viveu, a todos os seus amigos, as coisas que aprendeu. a auteridade. não há mais sociedade dos poetas mortos.

estão todos por aí. procurando outras carteiras para subir ou voltando para velhas amigas.
:: covardia

23:15. sra. dalloway com vanessa redgrave na bandeirantes. filme lento de um livro maravilhoso. questões acerca de adaptações para o cinema de obras literárias. dublagem ruim. atriz maravilhosa. imaginava sra. dalloway mais baixa.

uma cena que me chamou a atenção:

o médico chega para internar um veterano de guerra que está louco. a mulher desce para tentar impedir que o levem. o veterano olha para uma tesoura e depois para outras coisas do quarto até encontrar a janela. senta-se nela. a mulher ainda tenta impedir a subida do médico, mas em vão. o veterano diz:

-- você quer a minha vida, eu darei a você.

e se joga contra as lanças que estão em baixo. o médico diz:

-- covarde!

fiquei pensando em todos os aspectos dessa palavra: covardia. não sei se o veterano foi covarde, mas será lembrado como um.

05 março 2003

:: livro de visitas

caro leitor,

peço humildemente que assine o livro de visitas para que eu tenha uma idéia de quem anda lendo essas coisas todas. senão parece um monólogo tolo de alguém que pensa que é diálogo. alguns diretamente me vêm comentar as coisas desse blog. outros deixam rastros nos comments ou tags. outros ainda imagino que lêem por pistas no falar.

engrandece-me, sim. e novos temas nascem para colocar palavras nisto aqui. este blog é o que sobra de uma energia em trânsito. é calor dissipado do que falamos, do que fingimos que falamos, do que sentimentos, do que fingimos que sentimos, do que somos, do que fingimos estar.

agradeço já de antemão. =)

:: time.machine.chronicles _ bruna mara


a todo momento, fazemos escolhas.

os existencialistas tem na escolha e no dilema algumas das suas grandes questões. quantas vezes já nos sentimos angustiados por causa de escolhas que sempre terão mais prejuizos que ganhos? e quantas vezes não sabemos qual a escolha dos ganhos? e quantas vezes as escolhas encavalam dilemas morais? se fazemos o certo ou não?

conheci bruna mara num momento de escolha. estava atarefado com alguns trabalhos quando fui apresentado a ela para que ajudasse no seu trabalho de conclusão de curso. era algo urgente, colocar legendas em um video. pensei no cansaço que já sentia, nos atrasado em que meus outros trabalhos ficariam, em que não fazer parte da solução não me faria tão parte do problema.

resolvi ajudá-la pela semelhança que ela tem com uma antiga amiga e muito querida. este caminho novo traçado poderia dar a lugar nenhum. mas bruna mara hoje é uma antiga amiga e muito querida.

sinto que muitas escolhas ainda virão e quem sabe mais decisivas. mas lembrar de escolhas acertadas deixa tudo menos existencialista.


_ nome

luiza parece nome de alguém que se sacrificará por grandes sentimentos.
luiza parece nome de quem usa vestidos vermelhos.
luiza parece alguém que só usa sandalias.
luiza parece nome de alguém que pode voar de vez enquando.
luiza parece o nome da cordinha dos paraquedas.

olha que imagem boa:
o cara pula. percebe que tem na mão a escolha que sempre quis. a escolha de se perder. o vento vem contra seu rosto, sua boca seca.
procura o horizonte. não reconhece as nuvens. a cabeça está suando com as espumas do capacete.
acha por um momento ridículo aquele macacão.
aí ele sente as batidas do coração, porque o vento faz pressão em seu ouvido. fica surdo e cego por uns instantes e fala:

-- luiza, me salva.

e puxa a cordinha. o paraquedas abre. se chegou a salvo. isso não importa mais.

daí por diante, todas as cordinhas de todas as paraquedas do mundo se chamarão "luiza".

04 março 2003

:: coisas para fazer antes de sumir do mapa

+ escrever um livro bom. contos ou romance. nome? "o fim do terceiro mundo"
+ compor um album inteiro. rock é claro. nome? nao sei mesmo, talvez mariana.blues.
+ dirigir uma peça de teatro. que peça? ibsen, tennesse willians ou um autor novo.
+ pular de paráquedas.
:: time.machine.chronicles _ pantufas

no icq, em 2001:

Bruna> Ah, sabe outra ideia q eu tive??? Musicar aqueles seus poemas!!! Vamos????
Marcio> musicar os poemas?!? vc acha? sao meio tristes...
Bruna> nao sao nao, sao perfeitos pra musica! acho q a gente deveria levar aquele nosso outro plano de banda para frente!!!
Marcio> nossa, eh mesmo. precisamos de um nome.
Bruna> MPB plus barulhinhos eletronicos plus poemas do marcio = estamos bem!!!!
Marcio> ehhhh!
Marcio> plus voz da bruna plus nome para a banda plus alguns instrumentistas quem sabe = aih estamos bem.
Bruna> ok, vc procura os musicos ai!!!
Marcio> cara, fiquei arrepiado agora... tipo vc cantando aquelas coisas tristes... meu, quase tive um treco agora.
Bruna> serio??? tambem acho q ia ficar show de bola!!!!!!!!!!! apavorante!!!!!!!!!!!!!
Marcio> ta bom. vamos pensar num nome.
Bruna> que tal PANTUFAS????

e foi assim que o projeto pantufas nasceu.

03 março 2003



_ por enquanto #01

estou em teus sonhos?
a grande dor das coisas que passam.
vou encadeando com lógica vulgar,
os sentimentos em detalhes.
estou em teus sonhos,
assim como estás no meu.

penetro no azul da esperança.
sonhando com situações de extrema felicidade.
é possível a felicidade?
na rua, os homens pequenos dizem que sim.
nas janelas, as mulheres despenteadas dizem que sim.
nos carros, os amantes despreocupados dizem que sim.
no campinho, as crianças rasgadas dizem que sim.
o que digo então?
espero q digas.

estou em teus sonhos.
e no meu, tu calas.


:: quando crescer quero ser _ tom jobim

Luiza

Rua, Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luiza
Eu sou apenas um pobre amador apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração
Vem cá, Luiza
Me dá tua mão o teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
Luiza
quando eu crescer quero ser _ spiritualized

Stop your crying

Nothing hurts you like the pain of someone you love,
There ain't nothing you can gain that prepares you in love

Come on baby, stop your crying,
Come on baby, stop your crying now,
Come on baby, stop your crying,
Come on baby, stop your crying now

Nothing hurts you like the pain of someone you care about,
If I could take it all myself, you know, I sure would,
Without a doubt

Come on baby, stop your crying,
Come on baby, stop your crying now,
Come on baby, stop your crying,
Come on baby, stop your crying now

Nothing hurts you like the pain of someone so close to you,
I feel so broke inside, but I'll devote my life to lovin' you...

Come on baby, stop your crying,
Come on baby, stop your crying now,
Come on baby, stop your crying,
Come on baby, stop your crying now

02 março 2003



escrita #01

procuro em mim a tua escrita.
os teus desejos, as tuas marcas.
esboços e rabiscos do que já foi e poderia ser.
o que está sendo.

percebo algumas tentativas de consertar
palavras erradas escritas as pressas.
na minha pele, as linhas vao se perdendo.
escreveste metáforas quase incompreensíveis.

há um desenho de coração na minha cabeça,
e a palavra leitura no lado esquerdo do peito.
a tua escrita é leve, tão leve,
que tu marcas com tinta forte e dolorida
ao invés de lápis e grafite.



songs for blue moon. listening in walkman.
for heart to fall in love too.
and love and love and love again.
:: a cidade silenciosa

todos dormiam no apartamento. olhei pela janela segura para as crianças pela rede de proteção. a tv desligada, só a luz e os ruídos da cidade. janelas acesas. alguém com insônia lá longe. assistindo ao desfile das escolas de samba.

canto baixo para ela, acompanhado pelo toca fitas ruidoso, escondendo-me e subvertando louis armstrong e ella fitzgerald:

The tables are empty - the dance floor's deserted
You play the same love song - it's the tenth time you've heard it
That's the beginning - just one of the clues
You've had your first lesson - in learnin' the blues

The cigarettes you light - one after another
Won't help you forget her - and the way that you love her
You're only burning - a torch you can't lose
But you're on the right track - for learnin' the blues

When you're at home alone, the blues will taunt you - constantly
When you're out in a crowd, the blues will haunt your memory

The nights when you don't sleep - the whole night you're crying
You just can't forget her - soon you even stop trying
You'll walk the floor - and wear out your shoes
When you feel your heart break - you're learnin' the (those) blues

adormeço. sonho a seguinte questão: será que ela canta uma canção melhor?



tenho todas as razões para não me apaixonar pela tereza menos um.
:: o grande amor

hoje, no metrô, encontrei-me com o grande amor. reconheci-a. cabelos curtos, um certo ar de preocupação com as horas (era domingo de manhã !), camisa branca, saia até o joelho, sandálios com um couro bem surrado. fitava-me de soslaio, fazendo a mesma pergunta que eu: "e agora?".

desci. ela procurou um lugar melhor para assistir minha partida e eu representei a melhor partida.

fitei seus olhos e o trem avançou. sorri "vamos nos reencontrar?". e saiu de seus labios um sorriso de sim.

:: manhã de carnaval

manhã do domingo de carnaval. no metrô, os foliões voltam cansados para suas casas.

a bateria de leandro de itaquera em massa no mesmo vagão. em seus semblantes é perceptivel um cansaço maior. os instrumentos não vieram. as baquetas parecem pesadas. o modo com que seguram indica saudade em contraste com o sorriso duro de um dever cumprido.

01 março 2003

:: time.machine.chronicles _ estrela

estava no primeiro bife (que é uma competição em que faculdades como a eca, a veterinaria e a fau se reunem numa cidade para participar de jogos e festas) com a mariana zanotto. olhei para o céu já estava meio chapado de sono e outros entorpecentes e disse para ela:

-- vou apagar aquela estrela para você.

e a estrela se apagou.

não enfeitei muito porque eu sei que ninguém vai acreditar.
:: sofisticação

ando avesso a sofisticação. procurando coisas simples, quase sem poesia. apertos de mão, verbos de ligação, como vai?, tudo bem, e vc?, tb. palavras difíceis? pq se pode-se usar outras mais simples? abstrações tem me deixado irritadiço. e esta herança iluministas... prefiro ouvir e contar histórias. de como enganei-me ao ouvir uma conversa que mistura inglês e português. de como fui ludibriado encantadoramente pela luiza. de como lembrei-me acidentalmente de que tinha sonhos de dirigir peças de teatro. de me ter surpreendido ao ouvir a tereza dizer que preferia que o ônibus que vinha logo ali não fosse o meu e da estrelinha que caiu tristemente numa perpendicular.

vou tomar um suco de limão e já volto.